O que levou a Euromel a confirmar já a presença na SAGALEXPO 2026? E que objetivos pretendem alcançar com esta nova participação?
Há muitos anos que a Euromel participa nesta Feira. Em Portugal, para nós, é a feira de exportação por excelência. Pretendemos reencontrar clientes antigos e tentar fazer novos clientes de exportação para países como a Noruega, Suécia, Irlanda, Holanda, como exemplos.
Como descreve a importância desta feira para empresas portuguesas que procuram reforçar a sua presença internacional?
A Sagal torna-se muito acessível, uma vez que se realiza em Portugal – é, de facto, muito cómodo poder receber a visita de clientes, e de possíveis novos clientes, sem ter de sair do país. É, por isso, também uma poupança de tempo.
A Euromel apresenta-se na SAGALEXPO com duas marcas de referência, Serramel e Beirabaga. De que forma estas marcas se complementam na estratégia global da empresa?
Somos apicultores há mais de 50 anos, e a nossa marca Serramel é um símbolo de qualidade no mercado. O sucesso da marca Beirabaga, Doces Tradicionais, lançada em 2004, deve-se muito à confiança que os nossos clientes reconhecem na empresa, pois a qualidade dos produtos Serramel e Beirabaga mantêm-se ao longo dos anos, pelo que a fidelidade também se mantém.
Os prémios conquistados recentemente pela Serramel e pela Beirabaga reforçam a vossa notoriedade. De que modo estas distinções influenciam a vossa estratégia de internacionalização?
Sim, complementam muito bem a nossa estratégia e dão-nos entusiasmo para continuar neste caminho, e para procurar melhorar ainda mais os nossos processos. Os nossos clientes apreciam muito os produtos premiados e as respectivas medalhas dão-lhes um bom destaque.
Que mercados internacionais têm sido mais recetivos aos vossos produtos e que oportunidades identificam atualmente no exterior?
Os melhores mercados são os EUA, o Canadá, a Alemanha, França e vários outros países Europeus. Também Macau (China) e o Japão. Seria muito interessante ter novas oportunidades em alguns países do mundo Árabe – como os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, a Noruega, e países da Ásia, como o Vietname.
Como é que a Euromel garante a autenticidade e qualidade dos seus produtos quando aposta em novos mercados e canais de exportação?
É só manter a linha de qualidade, que já vem desde os anos de 1970, tão apreciada pelos nossos clientes.
O mel Serramel e os doces Beirabaga distinguem-se pelo respeito pela tradição e pelos ingredientes nacionais. Como conciliam essa autenticidade com a necessidade de inovar e adaptar-se a diferentes mercados?
Com trabalho e empreendedorismo é possível inovar dentro destes parâmetros de apreço pela tradição e pelos ingredientes nacionais. A adaptação a diferentes mercados surge naturalmente, devido ao grande respeito que mantemos por todos os nossos clientes e às suas necessidades.
Que desafios enfrentam ao internacionalizar produtos profundamente ligados à identidade e sabores portugueses?
Uma vez que os produtos portugueses são de grande qualidade, é apenas continuar a produzir dentro dos nossos exigentes parâmetros e persistir na escolha de fornecedores de confiança, que oferecem produtos frescos e de origem garantida.
De que forma a sustentabilidade e o respeito pelo território, influenciam a vossa produção e a forma como se apresentam ao mercado internacional?
Sendo detentores de 1300 colmeias, consideramos que as nossas abelhas contribuem para a manutenção dos biossistemas e cumprem o importantíssimo papel de polinizar milhões de flores. Por vezes, temos grandes desafios de superação, pois estamos dependentes da Natureza!
Qual é a importância do reconhecimento obtido nos Great Taste Awards e nos concursos nacionais para reforçar a confiança dos consumidores e dos distribuidores estrangeiros?
É sem qualquer dúvida um concurso por excelência – os critérios de avaliação são muito exigentes e é um dos prémios mais credíveis a nível mundial. Daí a sua enorme importância.
Que expectativas têm para o futuro da Euromel e das suas marcas no panorama internacional após a participação na SAGALEXPO?
Aumento de vendas e reforço das antigas parcerias. Expandir mais para além das nossas fronteiras, procurando crescer de 30% para 40% o percentual da exportação da Euromel.
Fonte: Revista Veja Portugal